quinta-feira, 8 de maio de 2014

PODER PROFECTICO.




Que desgraça a minha!
Sou como quem colhe frutos de verão

na respiga da vinha;
não há nenhum cacho de uvas
para provar,
nenhum figo novo que eu tanto desejo.
Os piedosos desapareceram do país;
não há um justo sequer.
Todos estão à espreita
para derramar sangue;
cada um caça seu irmão com uma armadilha.
 Com as mãos prontas para fazer o mal
o governante exige presentes,
o juiz aceita suborno,
os poderosos impõem o que querem;
todos tramam em conjunto.
O melhor deles é como espinheiro,
e o mais correto
é pior que uma cerca de espinhos.
Chegou o dia anunciado
pelas suas sentinelas,
o dia do castigo de Deus.
Agora reinará a confusão entre eles.
 Não confie nos vizinhos;
nem acredite nos amigos.
Até com aquela que o abraça
tenha cada um cuidado com o que diz.
Pois o filho despreza o pai,
a filha se rebela contra a mãe,
a nora, contra a sogra;
os inimigos do homem
são os seus próprios familiares.
 Mas, quanto a mim,
ficarei atento ao Senhor,
esperando em Deus, o meu Salvador,
pois o meu Deus me ouvirá.


Não se alegre a minha inimiga
com a minha desgraça.
Embora eu tenha caído,
eu me levantarei.
Embora eu esteja morando nas trevas,
o Senhor será a minha luz.
 Por eu ter pecado contra o Senhor,
suportarei a sua ira
até que ele apresente a minha defesa
e estabeleça o meu direito.
Ele me fará sair para a luz;
contemplarei a sua justiça.
 Então a minha inimiga o verá
e ficará coberta de vergonha,
ela, que me disse:
"Onde está o Senhor, o seu Deus?"
Meus olhos verão a sua queda;
ela será pisada como o barro das ruas.
 O dia da reconstrução dos seus muros
chegará,
o dia em que se ampliarão
as suas fronteiras virá.
Naquele dia, virá a você gente
desde a Assíria até o Egito,
e desde o Egito até o Eufrates,
de mar a mar
e de montanha a montanha.
Mas a terra será desolada
por causa dos seus habitantes,
em consequência de suas ações.


"Como nos dias
em que você saiu do Egito,
ali mostrarei as minhas maravilhas."
 As nações verão isso
e se envergonharão,
despojadas de todo o seu poder.
Porão a mão sobre a boca
e taparão os ouvidos.
 Lamberão o pó como a serpente,
como animais
que se arrastam no chão.
Sairão tremendo das suas fortalezas;
com temor se voltarão
para o Senhor, o nosso Deus,
e terão medo de ti.
 Quem é comparável a ti, ó Deus,
que perdoas o pecado
e esqueces a transgressão
do remanescente da sua herança?
Tu, que não permaneces irado
para sempre,
mas tens prazer em mostrar amor.
De novo terás compaixão de nós;
pisarás as nossas maldades
e atirarás todos os nossos pecados
nas profundezas do mar.

Mostrarás fidelidade a Jacó,
e bondade a Abraão,
conforme prometeste sob juramento
aos nossos antepassados,
na antiguidade.

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